AUGUSTO
_parte 1
Na rua Mostack morava uma jovem senhora, que por infelicidade perdera seu marido logo após o casamento, e agora ela sentava ali em seu pequeno quarto, pobre e abandonada, e esperava uma criança que não teria pai. E porque estava assim tão sozinha, todos seus pensamentos demoravam-se na criança por nascer, e nada que houve de belo magnífico e invejável, que ela não tivesse inventado e desejado e sonhado para essa criança. Uma casa de pedra com vidraças de cristal e repuxo no jardim pareceu-lhe já bastante bem para o pequeno, e, quanto ao futuro, ele se tornaria no mínimo um professor ou rei.
Ao lado da pobre senhora Elizabeth morava um homem idoso, a quem só raramente se via sair, e eis que ele era um sujeitinho pequeno, grisalho, com uma boina redonda e um grada-chuva verd, cujo cabo ainda era feito de osso de baleia como no velhos tempo. As crianças tinham medo dele, e os grandes pensavam que ele decerto teria motivos para viver tão retirado. Muitas vezes não era visto por ninguém durante longo tempo, mas de quando em quando ouvia-se a noite, vinda de sua casinha em ruínas, uma música delicada, como o som de vários instrumentos pequeninos e suaves. Então crianças passando por alí perguntavam as mães se lá dentro cantavam os anjos ou talvez ninfas, porém as mãs nada sabiam a respeito e diziam:-Não, não, isso deve ser uma caixinha de música.
Esse homenzinho, a quem chamavam de Sr.binsswanger, tinha com a senhora Elizabeth uma forma singular de amizade.Eles nunca falavam um com o outro, mas o pequeno, o velho Sr. Binsswanger, toda vez que via a janela sua vizinha, cumprimentava-a amigávelmente, e lea agradecia retribuia-lhe o aceno e gostava dele e ambos pensavam: se uma vez algo de mutio mal me acontecer, então com certeza hei de querer pedir conselho na casa da vizinha. E quando escurecia e a senhoraelizabeth sentava solitária a janela, lamenmtando seu querido morto, ou pensando em sua pequena criancinha, e finamenyte adormecia, aí o Sr. Binsswanger abria devagarinho uma banda da janela, e de seu escuro quarto nascia uma música consoladora, suave e argentina, como um raio de luar filtrado entre nuvens. Por sua vez, o vizinho tinha na beirada da janela de trás alguns velhos pés de gerânio,que ele sempre esquecia de regar, e que apesar disso estavam sempre verdes e cheios de flores e nunca tinham uma só folha enrugada, porque tods os dias bem cedo a senhora Elizabeth cuidava deles e os regava.
continua....
Um comentário:
Olá, gostaria que vc postasse o conto Augusto até o final.
Beijos
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